sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Certificações e Selos

LEED, AQUA, BREEAM, SUSHI, CETAC, CBCS, SBALLIANCE ...

Cada vez mais entender ou procurar conhecer um pouco mais de métodos e propostas sustentáveis está se transformando em uma enorme e congestionada sopa de letrinhas. Vamos tentar desembaralhar um pouco.

Em relação aos selos e certificações, além do PROCEL EDIFICA e do SELO CAIXA AZUL, já anteriormente tratados aqui, vou tratar dos 3 de maior penetração no mercado nacional: O AQUA (da Fundação Vanzolini, em parceria com a HQE francesa), o LEED (da GBC Brasil, braço tupiniquim da USGBC americana) e o BREEAM (selo Britânico da BRE, o mais antigo de todos, criado no início dos anos 1990).

Mas antes, vamos dar uma pincelada nas outras siglas:


SUSHI - Sustainable Social Housing Initiative é um projeto desenvolvido pela United Nations Environment Programme (UNEP/PNUMA) com apoio da Uniao Européia para o estudo de práticas de construção sustentável no mundo, e foca em habitações de interesse social (HIS) em dois países em desenvolvimento: Tailândia e Brasil.
A estratégia do Projeto SUSHI consiste em estabelecer uma nova abordagem junto aos stakeholders e mostrar oportunidades dos novos modelos de Habitação de Interesse Social - HIS para o setor da construção (oportunidades de negócios, empregos verdes,..), governo (menos gastos com saúde, mais produtividade dos trabalhadores, melhor capacidade de apreender das crianças...), sociedade (geração de riqueza, menos poluição, ...) agentes financeiros (novas oportunidades de financiar, melhores garantias, evitar obsolescência prematura da habitação ...) e, principalmente, para as famílias que nestas habitações irão morar com mais qualidade de vida.
O objetivo do Projeto SUSHI é conceituar habitação de interesse social e sua interação com o meio urbano, estabelecer metodologia e diretrizes capazes de direcionar projetos arquitetônicos e especificação técnica da habitação no sentido de obter um lar eficiente no uso de energia e no consumo d’água, durável, confortável, saudável, fácil de manter, econômico nos gastos com a habitação e adequado a cultura local. (fonte:http://www.cbcs.org.br/sushi/index.html)

 CETAC - Centro Tecnológico do Ambiente Construído tem como principais focos de atuação o mercado de construção de edifícios de todas as naturezas (habitacional, comercial e industrial), incluindo o seu entorno, e o de produtores de materiais, elementos, componentes e sistemas construtivos. Suas atividades visam à melhoria e ao desenvolvimento de produtos e serviços prestados nesses setores. (fonte: http://www.ipt.br/centros_tecnologicos/CETAC)
 
CBCS - Com o objetivo de induzir o setor da construção a utilizar práticas mais sustentáveis que venham melhorar a qualidade de vida dos usuários, dos trabalhadores e do ambiente que cerca as edificações, foi constituído, em agosto de 2007, o CBCS - Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, resultado da articulação entre lideranças empresariais, pesquisadores, consultores, profissionais atuantes e formadores de opinião.
O CBCS está contribuindo com a formação de redes de parceiros estratégicos para: gerar e disseminar conhecimentos e boas práticas; promover a inovação; integrar o setor da construção aos demais setores da sociedade; elaborar diretrizes; discutir políticas públicas e setoriais; coordenar soluções e ações integradas intersetoriais com vistas a otimizar o uso de recursos naturais, sociais e econômicos, reduzir os efeitos negativos e potencializar os efeitos benéficos para a construção de um ambiente mais saudável e uma sociedade mais equilibrada e feliz. (Fonte: http://www.cbcs.org.br/sobreocbcs/index.php?)
SB Alliance - Aliança das principais entidades e órgãos certificadores de sustentabilidade. Vale a pena dar uma olhada na aba "tools and research". (Fonte:http://www.sballiance.org/)

Para detalhar cada um deles e não estendermos demais este post, continuarei no próximo, dando um olhar mais a fundo no selo nacional (ou nacionalizado?) - Processo AQUA




sábado, 8 de outubro de 2011

Inovação

Esta semana que passou, demos um até logo para um dos mais antenados seres humanos de nossa época: Steve Jobs.

Seu legado é imenso, quase todas as inovações e modernidades que almejamos ou foi cria dele, ou direta ou indiretamente consequencia do que ele criou. Do uso do mouse, da cor na computação (quem penou nos monitores CGA monofosfóricos verde ou âmbar, sabe o quanto almejou ter um apple...) a mixar todos os gadgets num único smartphone, da computação em 3D em filmes e efeitos prá lá de especiais, cada um deles tem um "bocadinho" dele...

Ele aplicou como ninguém o preconizado pelos gurus W. Chan Kin e Renée Mauborgne, no consagrado livro "A Estratégia do Oceano Azul": Inovação. Inovação de valor, tornar a concorrência irrelevante, criar espaços inexplorados de mercado e "surfar" neles (aos outros, que corram atrás...), criar uma nova demanda.

Ele inspirou e, mais importante, soube como ninguém coordenar os esforços não uma, mas diversas vezes, na busca contínua de inovação e novos pontos de vistas, destruindo, para depois criar, novas fronteiras no mercado tecnológico de alta complexidade.
O que podemos, ou melhor, devemos, tirar de lição da sua trajetória, em termos de sustentabilidade e preservação do que ainda nos resta?

Inovar, pensar diferente, ver o novo, ou, como dizem Tavito e Paulo Sergio Valle, na música "Começo, meio e fim":

"A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo
É como tocar o mesmo violão
E nele compor uma nova canção

Para que isso tudo seja verdade, é preciso treinar, estudar, ler, interpretar e exercitar o novo.

Eduardo Bueno, jornalista gaúcho, criou uma excelente série de comerciais para o The History Channel, terminando sempre com a seguinte frase, que parece-me ser de Ernesto Che Guevara: " Um povo que não conhece sua história, está fadado a repetí-la". Sem paixão e devoção, tendemos a reescrever a história, sem mudá-la. Ou pior, como dizia Carl Marx, " A história só se repete como farsa ou tragédia"...

P.S.: A foto que ilustra este post foi retirado do google, na referência "homenagem a Steve Jobs". Sorry ao autor, mas não sei dizer quem é...